Nada como uma boa e velha ameaça de "olho da rua". Tite teve uma conversa séria com os dirigentes do clube e, por certo, foi avisado que a sua política de lealdade com jogadores era muito louvável mas bem pouco prática em termos de resultado e caso o time fosse desclassificado na Libertadores também, infelizmente a lealdade dos dirigentes não seria a mesma.
Sendo assim, Tite demorou mas fez as mudanças que o time precisava. Sacou do time o fraco goleiro Júlio Cesar. Sim, fraco porque goleiro é aquele que joga na hora que o time precisa. Mesmo que argumentem que ele salvou o time dezenas de vezes, tais dezenas de vezes foram em jogos que pouco valiam. Quando ele foi realmente exigido, falhou. Portanto, uma alteração que demorou até muito para acontecer.
Além dele, Liedson perdeu a vaga de titular. Essa sim uma das situações mais bisonhas que tive a oportunidade de presenciar no futebol. Liedson tem um problema crônico na cartilagem e marcou 3 gols em 26 jogos. Em que time do mundo um jogador tem um problema clínico insolúvel, que afeta diretamente a sua capacidade de exercer a sua profissão, marca menos gols que um zagueiro e, mesmo assim, continua titular? Só no time do leal Tite. Só na hora que o calo realmente apertou é que o técnico tomou alguma atitude. Até porque Liedson não vai permanecer no clube. Seu contrato acaba em maio e a diretoria não vai renovar.
Hoje teremos um Corinthians com Cassio no gol e William no ataque. Precisa contratar um centro-avante em caráter de urgência, porque não tem um único jogador com faro de gol no time. Tem jogadores que fazem gol, mas faro de gol é outra história.
Há males que vem para bem. A eliminação precoce no Paulista talvez tenha sido a salvação do time na Libertadores. Pelo menos até as semi-finais.
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