O Brasil está carente de técnicos de futebol. E já não é de agora. A atual realidade do futebol nacional mostra uma safra de técnicos retranqueiros e com pouca criatividade, fruto da alta rotatividade na profissão.
Sem mem ater a nomes, muitos não apresentam novidades e ficam apostando em fórmulas obsoletas e cansadas, vivendo de experiências que deram certo no passado, mas que hoje não funcionam mais.
Além disso, alguns vivem cercados por empresários e agentes, colocando nos times jogadores dos seus associados, perdendo o respeito e o carinho dos outros atletas.
Finalmente, a pressão pelos resultados e a falta de garantia no cargo fazem que os técnicos lancem mão de esquemas defensivos, vivendo de contra-ataques e resultados magros em busca do que todo clube quer - títulos.
Poucos clubes hoje em dia tem um projeto de crescimento a médio e longo prazo, projetando resultados após um determinado período de tempo. Aqui, impera o tudo agora já e, num cenário desses, é muito difícil desenvolver um trabalho.
Resumindo, todos tem um pouco de culpa, mas eu ponho a maior parcela nos técnicos. Preferem ganhar centenas de milhares de reais num clube grande e sem projeto do que ir para um clube menor e desenvolver novas técnicas e novas formas de desenvolvimento do jogo de futebol.
Foi o que fez Marcelo Bielsa, por exemplo. É o que está fazendo Pep Guardiola. Dinheiro não é tudo e a partir de um determinado ponto na carreira você pode se dar ao luxo de fazer escolhas. Pode ser dinheiro, pode ser o ideal. E aí está o problema. A maioria está optando pelo dinheiro certo. Afinal, tem a multa contratual e sempre tem outro time interessado, por isos não há necessidade de crescer, de renovar, de reciclar, de fazer algo diferente.Muitos técnicos estão vivendo do nome, porque foi tudo que lhes restou...
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